quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Baralho

Baralho é o conjunto de cartas que compõem o jogo, assim chamado comumente, devido ao fato de, antes de repartidas, as cartas serem misturadas ou embaralhadas pelo crupiê ou algum jogador designado para fazê-lo.

O baralho mais usado nos países lusófonos possui 52 cartas, distribuídas em 4 grupos - também chamados de naipes - os quais possuem 13 cartas de valores diferentes.

Os nomes dos naipes em português (mas não os símbolos) são similares aos usados no baralho espanhol de quarenta cartas. São eles espadas(♠), paus (ou couves)(♣), copas(♥) e ouros(♦), embora sejam usados os símbolos franceses.


Cada naipe possui 13 cartas, sendo elas um ás (representado pela letra A), todos os números de 2 a 10, e três figuras: o valete (também chamado de Jorge), representado pela letra J (do inglês jack), a dama (também chamada de rainha) representada pela letra Q (de queen) e o rei, com a letra K (de king). Ao ás, geralmente, é dado o valor 1 e às figuras são dados respectivamente os valores de 11, 12 e 13.


Os nomes dos naipes em espanhol, correspondentes ao baralho de 52 cartas, não têm as mesmas denominações do baralho espanhol de 40 cartas que são oros, copas, espadas' e bastos, mas seus correspondentes diamantes, corazones, pique e treboles.
Alguns jogos também incorporam um par de cartas com valor especial, e que nunca aparecem com naipe: os curingas (Brasil) ou jokers (Portugal).


Embora haja indícios de que os jogos de cartas teriam surgido na China juntamente com o papel, há outros que apontam uma origem árabe. De qualquer modo, o baralho foi introduzido na Europa durante o século XIV. E a partir do século XV, o desenvolvimento dos processos de impressão e de fabricação de papel propiciou a popularização do baralho em vários países.
Há quem acredite que o baralho foi inventado pelo pintor francês Jacquemin Gringonneur, sob encomenda do rei Carlos VI de França. Gringonneur desenvolveu as cartas do jogo de forma que representassem as divisões sociais da França através de seus naipes, sendo copas o clero, espadas a nobreza, paus os camponeses e ouro a burguesia.
Mais tarde, atribuíram-se significados específicos às cartas com figuras, representando personalidades históricas e bíblicas.

São elas:
Rei de Ouros - Júlio César, geralmente portando um machado que simboliza as legiões romanas;
Rei de Espadas - o rei israelita Davi;
Rei de Copas - o rei Carlos Magno;
Rei de Paus - Alexandre, o Grande;
Dama de Ouros - Raquel, esposa de Jacó;
Dama de Espadas - A deusa grega Atena;
Dama de Copas - Judite, personagem bíblica;
Dama de Paus - Elizabeth I de Inglaterra;
Valete de Ouros - Heitor, Príncipe de Tróia;
Valete de Espadas - Hogier, primo de Carlos Magno;
Valete de Copas - La Hire (Étienne de Vignolles), Comandante francês durante a Guerra dos Cem Anos que lutou com Joana D'Arc;
Valete de Paus - Sir Lancelot ou Judas Macabeu;


A carta que possui a frente com maior liberdade de criação é o curinga, que representaria os palhaços dos jograis realizados nos castelos medievais. Entretanto, há indícios que o curinga seria na verdade uma invenção americana do século 19, surgida de uma carta do tarô, o Louco, que não tem número do trunfo e cuja alegoria lembra um bobo da corte.
No Brasil, em 1918, a Copag iniciou a produção de baralhos pela técnica litografica. Até então, produzia outros itens, como envelopes e blocos de papel. Por volta de 1930, passou a utilizar a impressão offset e assumiu a liderança na produção brasileira de baralhos.


A carta dos jogos de baralho é um rectângulo de papel grosso, cartolina, cartão ou plástico, com um lado estampado com diversas cores e símbolos (geralmente número e naipes) chamado de face e o outro estampado num padrão comum a todas as cartas de cada baralho de modo que se esconda o valor da face.


As cartas mais comuns, e para as quais existem jogos às centenas, são as que compõem um baralho de 52 cartas (ou baralho inglês), ao qual podem ser acrescentados uma ou duas cartas chamadas jokers ou, no Brasil, curingas, dividido em quatro naipes e numeradas, em cada naipe, de 2 a 10, ás, valete, dama e rei. Os jogos que utilizam este baralho podem usá-lo todo ou um subconjunto (o subconjunto mais comum é aquele que exclui o 8, 9 e 10 dos quatro naipes) ou então mais do que um baralho.


Existe ainda um baralho composto por 40 cartas distribuídas em 4 naipes, numeradas de 1 a 7, e de 10 a 12, excluindo-se as cartas 8 e 9. Este baralho é chamado de "espanhol" e é usado para jogos tais como truco (também conhecido como Truco Cego, ou espanhol, ou argentino, ou uruguaio, ou Gaudério), bisca (ou bíscola), escova (ou escopa), dentre outros, comuns à regiões que têm influência espanhola.


Recentemente, surgiram novos jogos de cartas baseados numa filosofia diferente, entre os quais o primeiro grande êxito foi o Magic, the gathering. Trata-se de jogos complexos que utilizam um conjunto variável de cartas, que os jogadores devem coleccionar, cada uma das quais possui um conjunto de características que a distingue das demais e que são alteradas pela interacção com as outras cartas.

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